Há um conto indígena sobre uma jabota que se safa de muitos desafios na floresta graças às suas habilidades linguísticas: afinal, há alguma maneira melhor de escapar de se tornar o almoço de um jacaré do que falar jacarês? Ou enfrentar uma onça-pintada com um pouco de oncês básico? Com o humor característico do artista visual Denilson Baniwa, que faz sua estreia como autor de livros ilustrados, A jabota poliglota, que conta com ilustrações da artista Sophia Pinheiro, aproxima a diversidade ecológica da diversidade linguística, oferecendo uma divertida reflexão sobre o mundo em que vivemos e o que o mais fraco pode fazer diante do mais forte.
A história da Jabota começou em 2020, durante o confinamento do autor. A partir da viagem para Manaus, que fez para ficar próximo da família, algumas situações fizeram Denilson se lembrar de histórias contadas pelos indígenas mais velhos, inclusive a do jabuti esperto que enganava outros bichos na floresta para não ser comido. Daí nasce a história da jabota poliglota: “Ao mesmo tempo, queria que o pequeno texto instigasse a todos e a todas a pensar que o português falado no Brasil não seria o mesmo sem a inclusão do vocabulário indígena em sua estrutura”, conta o autor. As ilustrações de Sophia Pinheiro são criadas a partir de três elementos da natureza, terra, urucum e crajirú: “A ideia era mostrar como é possível criar a partir da coexistência de diferentes materiais”, escreve.
Editora: BOITATA
Autor: BANIWA, DENILSON
ISBN: 9786557173800
EAN: 9786557173800
Páginas: 32
Encadernação: Capa Dura