Em sua maioria, “as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico”, esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a “realidade”: as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo em que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os motivos borgeanos recorrentes do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham carnadura concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com “O imortal”, onde temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com “O aleph”, para o qual Borges deu a seguinte “explicação” em 1970: “O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço”. Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa idéia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível.
Informações sobre o Livro
Título do livro : O Aleph
Autor : Borges, Jorge Luis
Idioma : Português
Editora do livro : Editora Schwarcz SA
Capa do livro : Mole
Ano de publicação : 2008
Quantidade de páginas : 160
Altura : 210 mm
Largura : 140 mm
Peso : 241 g
Tradutores : Arrigucci Jr. Davi
Gênero do livro : Literatura e ficção
Subgêneros do livro : Ficção
Data de publicação : 28-04-2008