Michael Löwy reconstiui a produção benjaminiana de modo rigoroso, com conceitos fundamentais e teses centrais de sua crítica à modernidade. Mas também compreende o filósofo alemão como sujeito concreto e situado, cuja experiência intelectual foi marcada por encontros profícuos, atravessada por afinidades e, ainda, por relações de distanciamento. Isto inclui os diálogos de Benjamin com o surrealismo, com o anarquismo, com a teologia e, não menos importante, os ajustes de contas que o conduziram auma inflexão no marxismo. Um “materialismo antropológico” e uma renovada ideia de revolução são elementos estruturantes para essa virada, mas não os únicos. Löwy retrata Benjamin em suas heterodoxias e originalidade, consegue vislumbrar mediações entre obras de juventude e de maturidade do filósofo alemão.Todavia, a leitura estrutural do trabalho benjaminiano não dispensa Löwy de trazer seu autor a pensar os desafios do presente, questões urgentes para o tempo-de-agora, entre as quais vale destacar o risco do desastre ecológico sob os modelos de desenvolvimento capitalistas e, ainda, a necessidade ainda premente de ler a história a contrapelo. O que temos, como resultado, é uma filosofia contundente em que cada segundo é a porta estreitapela qual se pode abrir uma transformação radical.
Informações sobre o Livro
Título : –
Autor : –
Marca : Autonomia Literaria
Modelo : Modelo Padrão
Idioma : Português
Tipo de narração : Manual
Quantidade de páginas : 153
Editora do livro : AUTONOMIA LITERARIA
Título do livro : Revolução é o Freio de Emergência, A: Ensaios sobre Walter Benjamin
Data de publicação : 01-01-2019
Gênero do livro : Filosofia
Peso : 208 g
Ano de publicação : 2019
Altura : 30 cm
Largura : 23 cm