Livro singular na crítica ao feminismo branco civilizatório, que deixou de lado as demandas das mulheres racializadas do “Sul Global”, mulheres que “limpam o mundo”, cujo trabalho invisível serve ao capitalismo. Vergès tem um texto potente para tornar conscientes as relações desiguais entre mulheres brancas e empregadas domésticas e faxineiras, responsáveis pelo cuidado do mundo branco e de classe média e classe alta. O livro cobre uma lacuna na discussão sobre feminismo e é especialmente importante no Brasil, que naturalizou a existência de empregadas domésticas em situação de inferioridade, tornadas invisíveis pelo sistema capitalista. “Eu quis destacar neste livro fatos simples, concretos e tangíveis que iluminam a estrutura profundamente marcada pelo gênero, racializada e estratificada que permite à sociedade burguesa funcionar há séculos. Longe de ser um discurso feminista abstrato, esses fatos são visíveis a quem deseja vê-los. A cada dia, em cada cidade, milhares de mulheres negras, racializadas, ‘abrem’ a cidade. Elas limpam os espaços que o patriarcado e o capitalismo neoliberal precisam para funcionar. Elas desempenham um trabalho perigoso, mal pago e considerado não qualificado, inalam e utilizam produtos químicos tóxicos e empurram ou transportam cargas pesadas, sendo tudo isso prejudicial a sua saúde.” – Françoise Vergès
Informações sobre o Livro
Título do livro : Um feminismo decolonial
Autor : Vergès, Françoise
Idioma : Português
Editora do livro : Ubu Editora Ltda ME,La Fabrique
Capa do livro : Mole
Ano de publicação : 2020
Quantidade de páginas : 144
Altura : 210 mm
Largura : 133 mm
Peso : 320 g
Gênero do livro : Direito, política e ciências sociais
Subgêneros do livro : Ciências sociais
Data de publicação : 28-05-2020