As marcas da infancia permanecem no adulto e podem iluminar sua vida ou ser um fardo pesado de conviver. Em Vermelho amargo, prosa poetica de cunho autobiografico, o escritor Bartolomeu Campos de Queiros narra as dificeis memorias afetivas de sua dolorosa infancia. Ele, muito cedo, teve que aprender a lidar com a madrasta enquanto ainda sofria com a morte prematura da mae. Havia na cidade a madrasta, a faca, o tomate e o fantasma. A mae morta ressuscitava das loucas, das flores, dos armarios, das cadeiras, das panelas, das manchas dos retratos retirados das pas, das gargantas das galinhas. O escritor revisita, em sua narrativa memorialista, nao so seus sentimentos e suas atitudes, mas tambem dos cinco irmaos, do pai e da madrasta. A mae, sem duvida, e a presenca mais constante no texto. De extrema delicadeza, contrapoe-se a figura nada terna da madrasta. O romance foi vencedor in memoriam da categoria Melhor Livro do Ano do Premio Sao Paulo de Literatura 2012, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura de Sao Paulo. Um livro curto, mas denso para ler com o coracao. Como o proprio autor coloca na epigrafe: Foi preciso deitar o vermelho sobre papel branco para bem aliviar o seu amargor.
Editora: EDITORA GLOBAL
Autor: QUEIROS, BARTOLOMEU CAMPOS DE
ISBN: 9788526023369
EAN: 9788526023369
Páginas: 72
Encadernação: CAPA DURA